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sábado, 8 de fevereiro de 2014

Palavra mortal : Cancro.

Desde ontem que não me sinto bem, a tristeza invadiu o meu corpo e faço um esforço para não desabar.
Não é nada comigo nem com os meus, mas eu conhecia-o, ele foi da minha turma, entretanto cada um segue o seu curso e já só o via pelo facebook.
Não esperava descobrir que ele tinha falecido, aos 21 anos de tumor cerebral, algo que já lutava há algum tempo, ao ponto de já não andar em quimios e ter de recorrer à Alemanha para fazer novos tratamentos.. morreu ontem.
Isto faz-me pensar que não valemos nada, que "vivemos" um intervalo entre o nascer e o morrer. 21 anos, nos meus 21 anos eu já perdi 3 pessoas, 2 delas para essa doença, a doença do seculo, cancro e sinceramente? Cada vez mais acho que nós não valemos nada, fazem-se guerras para nada, criam-se odios para nada, discutimos para nada, desgastamo-nos para que? Cada vez mais penso que não se pode pensar no dia de amanhã, "amanhã faço isto, amanhã falo com ele, amanhã mudo isto.." para quê?! O Marcio, a minha tia e o meu avô já não tem mais "amanhã" tudo por causa dessa doença maldita.. doença essa que me ia apanhando aos 13 anos. Ainda me lembro de entrar no gabinete, explicar o que sentia, o que se passava comigo e a média me dizer "Bem Cláudia, ou das duas uma, ou é maligno ou é benigno, mas que é é". Pois bem, prolactina a mais de 100 quando o valor maximo era de 40 alguma coisa teria de ser, só me pôs a mim e à minha familia a bater mal por causa dessas duas palavras.. RM feita, nem um nem outro, não tinha nada.
Sim, o meu panico aumenta, aumenta os meus porquês, aumenta a minha revolta, aumenta as minhas saudades, aumenta os momentos sem eles, aumenta tudo e eles não estão comigo.

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